O sangue ainda não pode ser produzido artificialmente. Por isso, é preciso contar com a solidariedade da população para manter os estoques cheios e a qualidade adequada para doações e tratamento de doenças. Diversos pacientes necessitam de doação de sangue, desde pessoas submetidas a cirurgias cardíacas, transplantes de rins, de fígado e de medula óssea até quem se submete à quimioterapia, por exemplo.
O sangue coletado durante uma doação é denominado de sangue total e é submetido a um processo de centrifugação, que separa seus principais componentes para uso terapêutico: hemácias, plaquetas e plasma. Cada um destes componentes é utilizado para tratamentos específicos. A Lei 10.205 de 21 de março de 2001 impede que o sangue e quaisquer de seus componentes e derivados sejam comercializados. Por isso, não há a possibilidade de compra e venda de plasma ou remuneração direta ou indireta aos doadores de sangue.
Há critérios que permitem ou que impedem uma doação de sangue. Eles são determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue.
Doar sangue é um ato que envolve muita responsabilidade. Principalmente por causa da janela imunológica, que é o período entre a contaminação da pessoa por um determinado agente infeccioso (HIV, hepatite) e a sua detecção nos exames laboratoriais. No período da janela imunológica, os exames são negativos, mas mesmo assim o sangue doado é capaz de transmitir o agente infeccioso aos pacientes que o receberem. A sinceridade ao responder as perguntas do questionário que antecede a doação é importante para evitar a transmissão de doenças aos pacientes. Fonte Blog da Saúde
Antes de ir doar sangue:
Recepção e cadastro:
Ao chegar ao local é feito primeiramente um cadastro com dados pessoais e gerais. Lembre-se sempre de levar documento oficial de identidade com foto (RG, carteira de motorista, carteira de trabalho ou passaporte).
Triagem clínica
Após o cadastro ocorre a triagem clínica. Uma entrevista que avalia as condições de saúde da pessoa que vai doar e os riscos para a pessoa que vai receber. Na triagem clínica, são feitas perguntas a respeito do estado de saúde do candidato à doação de sangue. A triagem clínica é utilizada, pois existem questões que podem ser identificadas na entrevista clínica e não podem ser detectada por testes laboratoriais.
Coleta
A coleta do sangue dura em torno de 15 minutos. Ela é feita com material esterilizado, descartável e não apresenta nenhum risco para a pessoa que está doando.
Depois de doar sangue
Faça um pequeno lanche e hidrate-se. É importante para o doador continuar se sentindo bem durante o dia.
É importante também evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas, não fumar por cerca de 2 horas, evitar bebidas alcóolicas por 12 horas e não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho.
Lembre-se
Mulheres podem doar sangue a cada intervalo de 90 dias, podendo fazer até 3 doações por ano. Homens podem fazer até 4 doações por ano, aguardando 60 dias de intervalo.
É importante observar os impedimentos temporários para a doação antes de se deslocar até o local da doação de sangue. Segundo o Hemocentro da Unicamp, cerca de 30% dos candidatos à doação não conseguem efetiva-la por inaptidão clínica, ou seja, por estarem utilizando algum tipo de medicamento, por doenças crônicas não controladas, comportamentos de risco ou ainda pequenos quadros febris motivados por gripes, vacinas e outros. É importante também observar não ter ingerido bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.
Na dúvida ligue para 0800 722 8432. Consulte a tabela abaixo para saber mais.